Ouvir devagar, de mãos e pulsos roucos e vermelhos,
Mergulhar de olhos abertos na noite diurna
Onde o caos recomeça.
Mais tarde será tarde e já é tarde.
Há muito.
(Texto-collage de DUAL, 1972)
Esta performance é um momento íntimo com Sophia e a sua exigência de justiça. Nela se parte do livro Dual onde está presente a ideia de dois-duas, que expressa e vive o paradoxo quando os contrários fazem parte um do outro. Não separa; antes une. Noite diurna, imóvel mobilidade, esplendor e sofrimento, grego e gregoriano.
Não aceitamos a fatalidade do mal. Como Antígona a poesia do nosso tempo diz: “Eu sou aquela que não aprendeu a ceder aos desastres”.
Agradecimentos: Antigoni Geronta pela voz-off e tradução.